Conselho Fiscal do Corinthians aceita reanalisar balanços de 2023 e 2024 com condições
Conselho Fiscal do Corinthians Aceita Reavaliação de Balanços, com Condições
22 de maio de 2025 10:06
- Por Daniel Keppler e Larissa Beppler | Central do Timão
Recentemente, os bastidores do Parque São Jorge agitaram-se com novos desdobramentos sobre as finanças do Corinthians. A diretoria está em meio a um embrolho envolvendo as contas reprovadas, especialmente no que tange à proposta de atribuir R$ 191 milhões em contingências do balanço de 2024 ao exercício de 2023, último sob a gestão de Duilio Monteiro Alves.
Foi divulgado um documento intitulado “Nota Técnica sobre os questionamentos acerca das demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2024”. Assinado pelo departamento financeiro do Corinthians, o texto de 13 páginas apresenta a defesa da diretoria, que afirma que, sem as referidas contingências, o clube teria alcançado um superávit de R$ 9,5 milhões no ano anterior.

No entanto, segundo a Central do Timão, essa nota não foi encaminhada a nenhum órgão fiscalizador, incluindo o Conselho Deliberativo (CD). Notavelmente, o documento não possui data ou destinatário específico, embora mencione o CD e os Conselhos Fiscal (CF) e de Orientação (CORI).
Posicionamento do Conselho Fiscal
Poucas horas após a divulgação da nota, o Conselho Fiscal se posicionou por meio de um ofício assinado pelo presidente Haroldo José Dantas da Silva. O documento confirma que a diretoria respondeu ao pedido anterior do CF e que a reanálise dos balanços de 2023 e 2024 poderá ser feita, desde que os números sejam reapresentados no mesmo padrão utilizado até agora e acompanhados de documentação comprobatória das reclassificações discutidas.
Além disso, a reavaliação depende do envio dos mesmos materiais ao CORI e ao CD.

Reação do Conselho de Orientação e do CD
Na mesma noite, o Conselho de Orientação emitiu uma declaração, destacando que ainda não recebeu informações sobre a reanálise das finanças. O comunicado, assinado pelo presidente Miguel Marques e Silva, enfatiza que uma eventual reanálise precisará passar por uma “avaliação técnica rigorosa” conforme as normas contábeis.
O presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, também se manifestou, opondo-se à reabertura das contas de 2023 e 2024. Ele ressaltou que a única instância que julga as contas da Diretoria é o CD e que as contas de 2024 já foram analisadas e reprovadas com base em parecer que indicou gestão temerária.
Tuma Júnior ainda informou que está preparando um ofício ao Conselho Regional de Contabilidade (CRC) para investigar a atuação dos profissionais contábeis vinculados ao Corinthians. O envio do ofício, no entanto, depende de informações que a diretoria não forneceu há mais de uma semana.
O que diz a Administração Anterior
Wesley Melo, ex-diretor financeiro na gestão de Duilio, também se manifestou, afirmando que não recebeu notificações do Conselho Fiscal a respeito do assunto e disse que as contas da gestão anterior foram aprovadas por três anos seguidos. Segundo ele, a apresentação do balanço de 2023 já foi feita pela atual administração e, a partir disso, “não há mais o que discutir sobre os nossos balanços”.
“Não temos qualquer informação oficial e soubemos dessa disposição do Conselho Fiscal pela imprensa. A atual diretoria enfrenta dificuldades para explicar seus números de 2024, o que pode levar a narrativas que desviam a atenção. Nós aprovamos contas de maneira rigorosa em todos os órgãos por três anos consecutivos. As contas de 2023 já foram encerradas e apresentadas, então não há mais o que discutir”, declarou Melo.
Expectativas da Diretoria Atual
A diretoria do Corinthians espera que, se tiver sucesso na reclassificação das contingências de R$ 191 milhões, possa apresentar um superávit nas contas de 2024, o que facilitaria uma nova análise dos órgãos fiscalizadores. No entanto, a antiga administração já sinalizou que pode questionar essa estratégia, levando o caso a instâncias contábeis ou judiciais, se necessário.
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